terça-feira, dezembro 29, 2009

Melhores e Piores da minha estante em 2009

Seguindo a sugestão excelente dada pelo meu amigo Tiago Warst, decidi fazer um post com algumas dicas de livros. Mesmo evitando esse momento (que eu sabia muito bem que um dia chegaria) vou abrir mais espaço no blog para falar sobre livros e a minha compulsão/obsessão por eles.

Como esse post é o inicial, estou colocando uma lista com os melhores e piores de 2009. Como vocês irão perceber a grande maioria dos livros que estão na lista não foram lançados esse ano, mas sim, foram lidos por essa pessoa que vos escreve em 2009.

Pequena Obs.: A idéia da lista foi, gentilmente, roubada do Leitura nossa de cada dia... Obrigado Débora!

Minha lista de melhores e piores de 2009

Marcante: Reparação – Ian McEwan

A forma como o autor conduz a história me encantou. Nunca tinha lido um texto onde as palavras fossem tão bem colocadas. Há um romantismo no texto que uma pessoa mesmo - sem entender o enredo - conseguiria perceber que o romance trata da importância das palavras e da magnitude da inocência.

Esquecível: Viva Chama – Tracy Chevalier

Quando vi o livro na Bienal pensei que mergulharia em uma história digna de Jane Austen. Depois de persistir em uma narrativa fraca com uma história simplória, percebi que estava enganado.

Suspense e/ou terror: Noturno – Guillermo Del Toro e Chuck Kogan

Há muito tempo que eu não lia uma história de terror tão boa. A idéia de colocá-la no nosso mundo - tornando tudo ainda mais real e verossímil - foi uma jogada de mestre dos autores. No meio de tantos vampiros com dor na consciência, um vampirão de arrepiar os cabelos, faz muito bem a saúde.

Romance: O Morro dos Ventos Uivantes – Emily Brontë

Clássico. A melhor história de amor já contada. E por que ela é a melhor? Por ser imperfeita.

Releitura: Na Natureza Selvagem – Jon Krakauer

Li três vezes seguidas. Sem arrependimento. Admiro muito Alexander Supertramp, ou, simplesmente, Chris McCandles.

Melhor capa: A História de Edgar Sawtelle – David Wrobleswki

Quando vi a capa desse livro nos banners da Bienal espalhados pela cidade, pensei: Não tem como esse livro ser ruim. Comprei mas se ele é bom ou ruim - eu não sei. Ainda não comecei a ler...

Pior capa: Entrevista com o Vampiro – Anne Rice

Mesmo sendo o melhor livro sobre vampiros que eu já li. Odeio a capa da versão antiga. Uma coisa rosa com alguns rabiscos que tentam de fazer lembrar de uma janela, definitivamente, não é a minha forma favorita de arte. As capas novas estão lindas.

Autor surpresa do ano: Julie Powell – Autora de Julie & Julia

Comprei sem grandes pretensões e o livre me amarrou como há muito tempo não me sentia amarrado e ainda abriu a porta para os chick-lits que vieram depois. O estilo da autora é ágil e com um grande senso de autodepreciação que eu tanto gosto.

Decepção: O Clube do Filme – David Gilmour

Tinha tudo para ser O Livro sobre filmes. A história tinha tudo para ser interessante, mas simplesmente não foi. Livro bobo, escrito de forma inevitavelmente simplória. Se a relação dele com o filho é realmente da forma como relatada no livro eles ainda precisam ver MUITOS filmes. Haja pipoca e paciência (porque essa não se compra e nem se faz no micro ondas).


Bom, eu acho que é só.

Não devo postar mais nada esse ano, então desejo para todas as pessoas que passam por aqui; para todas que conheci e comecei a admirar depois de retornar para a blogesfera, um feliz fim de ano e um 2010 ainda melhor do que 2009.

Meu primeiro post de 2010 deve ser com a minha lista de promessas a serem cumpridas durante o ano que começa. Já estou pensando nelas (nas que eu vou tentar cumprir e naquelas que eu sei que não vou cumprir). Mas isso é para o ano que vem.

Espero continuar lendo os comentários deixados e conhecendo um pouco de vocês cada vez mais.

Acredito que 2010 será um ano de mudanças e de crescimento. E desejo isso para todos.

Até lá.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Os (meus) Delírios de Consumo

Muito tempo sem escrever.

Admito: pura preguiça.

Culpo também meu novo caderno de “anotações”. Ele tem me roubado todos os pensamentos, todas as palavras a serem ditas ou escritas. Se tenho alguma coisa a dizer, ou escrever, deposito tudo dentro dele no final do dia, que é a (minha) hora chave para escrever: a hora do cansaço e daquele sussurro da melancolia ao pé do ouvido. Eu pego o pobre caderno e preencho suas pequenas páginas com afinco até passar, até tudo passar. Aí depois eu não tenho mais nada a dizer. Abro o blog e nada. E assim (vários) dias passaram.

Hoje decidi não escrever no caderninho - nem abri - só para postar alguma coisa aqui. Mesmo que seja uma enrolação descabida e descarada, como essa está sendo.

E só para dar sequência a enrolação continuo na minha fase de livros “sessão da tarde” como a Tathy chama. Depois de ler Julie & Julia estou lendo Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e, tenho que admitir, me divertindo muito. Para ser sincero me vejo em muitas situações de compras impulsivas que a personagem se mete. Só que no meu caso são os livros ao invés de roupas, maquiagem e etc.

Nada me traz mais felicidade (mesmo sendo fútil) do que entrar em uma livraria e ficar olhando as capas, lendo os títulos, abrindo os livros para dar um lida em qualquer página. Mesmo se eu não comprar (difícil) já saio da livraria (não gosto de chamar de loja) com a alma lavada. Calmo e tranquilo. É o vício. O que eu posso fazer senão aproveitá-lo?

Abraço a todos!