terça-feira, outubro 20, 2009

A Importância das Palavras

Esses dias eu estava conversando por MSN com André (dono do Tá certo então!), um amigão meu, como a literatura se tornou um elemento tão importante na minha vida. As duas coisas que mais me dão prazer, atualmente, são ler e escrever.

A leitura (quase obsessiva) é um hábito – mania é um apelido muito injusto – que eu sempre possuí, mas que nos últimos meses ou anos cresceu de uma forma gigantesca. Acredito que o fato de trabalhar e ter o meu próprio dinheiro tenha contribuído com isso, é complicado comprar todos os livros que você deseja com dinheiro, imaginem sem.

Nem mesmo quando eu comprei o primeiro livro com o meu primeiro salário de estagiário (Celular de Stephen King) eu poderia ter imaginado que a leitura teria um espaço tão grande na minha vida. Mais de dois anos depois de ter comprado o livro na barraca do Seu Chico, eu percebo que boa parte da minha vida esta ligada à literatura de alguma forma. Foi através desse livro que a paixão pela leitura renasceu em mim. E foi através dessa paixão por livros e outra apareceu: escrever.

Agora passo quase todas as minhas horas livres, escrevendo e lendo. Escrevo aqui no blog, no meu caderno de pensamentos e ainda me encanto escrevendo o que um dia, quem sabe, serão meus dois livros.

Quando não estou escrevendo, estou, no mínimo, pensando no que eu poderia escrever. Tenho idéias para o blog, imagino cenas para os livros, tudo isso em alguns minutos, que são poucos, porém especialmente mágicos. Gosto da idéia, e até me sinto orgulho, por poder pensar, planejar, criar uma vida que não é minha. Fico rindo que nem uma criança quando olho para as poucas páginas dos meus projetos de livros e vejo que por alguns poucos instantes estou tendo um vislumbre da realização do meu sonho que é ser escritor.

Estou rindo agora mesmo.

Encontro Literário

Na sexta-feira passada aconteceu um encontro na livraria Saraiva do Rio Sul com duas pessoas e autoras maravilhosas: Giulia Moon e Martha Argel.

Pra quem não conhece, as duas já participaram de diversos livros com contos maravilhosos e acabam de lançar dois excelentes livros sobre vampiros, isso mesmo: vampiros. Giulia está lançando Kaori: Perfume de Vampira e a bióloga Martha Argel está lançando O Vampiro da Mata Atlântica. O encontro foi surpreendente, pois nunca tinha ido a um encontro literário ou a nenhum evento ligado a vampiros.

Saí ainda mais entusiasmado e escrevi o máximo que consegui no final de semana. O encontro me mostrou que a literatura fantástica tem espaço no Brasil e isso me deixou muito animado por que meus dois livros são sobre temas fantasiosos, um envolve Lobisomens (sem ser um livro de terror) e o outro é uma fantasia infanto-juvenil.

Quando eu romper a barreira da timidez que posto alguma coisa aqui.

Livros novos:

  • O Vampiro Lestat e O Vampiro Armand de Anne Rice
  • A Hospedeira de Stephanie Meyer
  • A Descoberta do Mundo de Clarice Lispector (dica da Tathy)
  • Kaori: Perfume de Vampira de Giulia Moon
  • Território V, seleta de contos organizado por Kizzy Ysatis

Abraços

quinta-feira, outubro 15, 2009

Infelicidade e Criatividade

Nunca fiz isso no blog mas tenho que publicar esse texto sensacional sobre a ligação entre infelicidade e criatividade que, por sorte, encontrei no blog “Viver e Contar”.

O texto descreve com exatidão toda minha idéia sobre criatividade.

Vale a pena ler.

Vale a pena também visitar o blog. O texto é de autoria do Márcio Almeida Júnior.

Criar como as crianças

“Sou cuidadoso com a ideia, bastante difundida, de que a infelicidade nos torna criativos. Isso não me parece necessariamente verdadeiro. O que me parece, de fato, é que ser infeliz nos faz reflexivos. A disposição de refletir pode, em algumas circunstâncias, nos levar a uma certa abertura para a criatividade. No meu caso, porém, isso só funciona se eu não estou muito infeliz. Uma intensa e profunda infelicidade, para mim, não produz nada além de uma espécie de depressão que aos poucos aniquila a imaginação, fonte da criatividade. Melhor seria criar como as crianças: brincando consigo mesmas e com o mundo. As criações das crianças, em sua grande maioria, estão isentas de infelicidade. São produto da alegria ou de uma capacidade de dizer não à infelicidade. É pena que o caminho de volta à infância seja tão difícil de achar... “

Abraços

terça-feira, outubro 13, 2009

Página em branco

Admito, abandonei o blog por algum tempo. Minha última postagem foi há mais de uma semana. Admito também que tentativas não faltaram. O que realmente faltou foi conteúdo e inspiração, ou os dois, sei lá.

Sabe quando você passa por um momento “em branco” da sua vida. Seus dias tornam-se folhas brancas, esperando que uma grande idéia apareça para preenchê-la com algum conteúdo (interessante ou não). É assim que eu passei meus dias, esperando por uma grande idéia.

Procuro observar as pessoas ao meu redor, não só as pessoas, mas o cotidiano, a vida alheia que me cerca, à procura de conteúdo. É desse constante exercício observação que eu procuro fazer a minha crônica (íntima e pessoal) do mundo ao meu redor. Acho que entendendo o mundo eu acabo decifrando alguns enigmas que eu mesmo me imponho.

De alguma forma, pra mim, o coletivo representa o indivíduo, ou talvez o contrário: o indivíduo cria uma consciência coletiva que representa, por fim, o que queremos que ela realmente represente. [Complexo isso né? Vamos deixar pra lá!]

E é dessa representação que eu me inspiro. Só que faltaram representações (significantes).

Bem, voltando ao momento “em branco” da minha vida. É exatamente assim que foram as minhas duas últimas semanas. Não consegui encontrar nada para postar, nada que me fizesse ter aquela idéia que te faz correr para o computador ou para uma folha de papel em branco e escrever até se sentir vazio, exorcizado. Quando dei por mim, meu blog tava completamente abandonado. Ai não eu pude escapar! Tinha que me esforçar e escrever alguma coisa. E saiu esse texto.

Mudando de assunto e falando sobre o meu tema favorito que são os livros, nessas duas semanas caí de cabeça em duas coletâneas de poesias que comprei num sebo, perto do meu trabalho, há quase um ano atrás: “Só a noite é que amanhece” de Alphonsus Guimaraens Filho e “Mindscapes” de Laura Riding (que estou relendo, com prazer). “Só a noite é que amanhece” é um baita livro, um livrão de respeito, com mais de mil poesias lindas, vale a pena, pra quem gosta, é claro.

Acho que pra quem estava sem inspiração até que eu escrevi bastante, né?

P.S.: Comecei a revisar meus textos antes de postar. Vamos ver se eu deixei passar alguma coisa.

Abraços a todos.