terça-feira, outubro 13, 2009

Página em branco

Admito, abandonei o blog por algum tempo. Minha última postagem foi há mais de uma semana. Admito também que tentativas não faltaram. O que realmente faltou foi conteúdo e inspiração, ou os dois, sei lá.

Sabe quando você passa por um momento “em branco” da sua vida. Seus dias tornam-se folhas brancas, esperando que uma grande idéia apareça para preenchê-la com algum conteúdo (interessante ou não). É assim que eu passei meus dias, esperando por uma grande idéia.

Procuro observar as pessoas ao meu redor, não só as pessoas, mas o cotidiano, a vida alheia que me cerca, à procura de conteúdo. É desse constante exercício observação que eu procuro fazer a minha crônica (íntima e pessoal) do mundo ao meu redor. Acho que entendendo o mundo eu acabo decifrando alguns enigmas que eu mesmo me imponho.

De alguma forma, pra mim, o coletivo representa o indivíduo, ou talvez o contrário: o indivíduo cria uma consciência coletiva que representa, por fim, o que queremos que ela realmente represente. [Complexo isso né? Vamos deixar pra lá!]

E é dessa representação que eu me inspiro. Só que faltaram representações (significantes).

Bem, voltando ao momento “em branco” da minha vida. É exatamente assim que foram as minhas duas últimas semanas. Não consegui encontrar nada para postar, nada que me fizesse ter aquela idéia que te faz correr para o computador ou para uma folha de papel em branco e escrever até se sentir vazio, exorcizado. Quando dei por mim, meu blog tava completamente abandonado. Ai não eu pude escapar! Tinha que me esforçar e escrever alguma coisa. E saiu esse texto.

Mudando de assunto e falando sobre o meu tema favorito que são os livros, nessas duas semanas caí de cabeça em duas coletâneas de poesias que comprei num sebo, perto do meu trabalho, há quase um ano atrás: “Só a noite é que amanhece” de Alphonsus Guimaraens Filho e “Mindscapes” de Laura Riding (que estou relendo, com prazer). “Só a noite é que amanhece” é um baita livro, um livrão de respeito, com mais de mil poesias lindas, vale a pena, pra quem gosta, é claro.

Acho que pra quem estava sem inspiração até que eu escrevi bastante, né?

P.S.: Comecei a revisar meus textos antes de postar. Vamos ver se eu deixei passar alguma coisa.

Abraços a todos.

2 comentários:

  1. Esse branco acontece sempre comigo, as vezes tenho ideias mirabolantes para postar, mas acabo perdendo a inspiração quando sento em frente ao pc.

    Poesia é show de bola, eu me amarro nas do Carlos Drumont de Andrade, baixei um arquivo com todas as poesias dele.

    Depois você me passa alguns bons nomes!

    Abraço!

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  2. Vou te contar, depois que me tornei publicitaria, nunca mais poesias, letras de musicas( sem ser dramalhao) so jingles, campanhas, etc, etc, so pagando que a inspiração rolava. Nao tinha jeito, tenho que admitir, virei uma mercenaria da inspiração, fora que nao tinha tempo nenhum em nenhuma hora do dia, so trabalho. Ai larguei tudo, tenho filha pequena, e vivia so para a publicidade, marketing direto,etc, uma criativa, que lindo, sem vida propria. Minha vida era o sucesso da agencia. Passei 5 anos estudando Psicologia. Hoje foi minha colaçao de grau. Nao me arrependo, mas sinto saudades do trabalho duro, na parte da criaçao, na da falta de de tempo, nao.
    Felicidades amigo e nao venda sua alma para a publicidade, conheci muitas pessoas que me pediram emprego, em fim de carreira, muito, mas muito,magoadas com a promessa nao cumprida da profissao. Ou entao venda tudo logo, corpo e alma e crie uma agencia chamada Asia, Australia, para competir com a...

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