Planejei colocar na minha primeira postagem a minha lista de promessas para 2010, mas desisti. Não completamente, mas desisti. O meu primeiro texto de 2010 será uma confissão. Talvez, uma confissão que não seja novidade, pelo menos para quem me conhece, mas que não deixa de ser uma confissão. Só depois de tirar isso de mim eu vou ser capaz de colocar aqui a minha lista.
Eu tenho um vício. E não quero ser curado.
Sou viciado em livros. Gosto de entrar em uma livraria só para sentir o cheiro produzido pelo encontro do papel novo e a tinta. Posso até imaginar como deve ser viciante o cheiro de uma gráfica que imprime livros, sentir aquele cheiro amplificado à ultima potência desse ser o paraíso (tirando o cheiro de fumaça das máquinas e do suor dos trabalhadores...). Consigo, praticamente, imaginar um gosto correspondente a esse cheiro.
Também gosto de sentir a texturas das capas. Deslizo meus dedos por cima dos títulos em alto relevo. Sinto a superfície lisa do verniz aplicado em algumas capas e lamentos quando são lisas e moles, tratadas como as capas dos odiosos livros escolares que são diariamente maltratados por nossas crianças. Eu sim, tenho cuidado com o meus livros e até com o livros dos outros. Já riram da minha dedicação a eles. Não gosto de amassados, orelhas nas pontas me dão aflição e qualquer marca nas páginas brancas tiram o meu sossego. Não admito e nem cogito escrever, rabiscar em um livro. Ler enquanto como alguma coisa, mesmo um lanchinho durante a noite? Nunca. Leio e depois mata a fome.
É por isso que também não empresto meus livros. Não gosto de imaginá-los em mãos de outras pessoas que podem não possuir o mesmo respeito (veneração – como é dito por algumas bocas infames) que tenho por meus livros. Com o tempo acabei generalizando essa regra e agora não empresto mais livros a ninguém. Peço para as pessoas não insistirem no assunto. A resposta será não. Não. Simples assim.
Vocês podem pensar que sou um louco que gosto de ter livros só pelo prazer de tê-los. Claro que o momento da compra me dá um certo prazer. Mas ritual de correr para uma livraria não é, meramente, uma mania consumista. Só lá – nas livrarias – eu encontro a minha proteção, a minha bolha, contra o mundo “daqui de fora”. Se estou feliz, compro um livro como prêmio. Se estou triste também compro um livro. Esse, como se fosse uma ajuda extra para sair do momento difícil que estou passando. Acima de tudo, eu gosto de ler. Essa é a minha fascinação. Se a história for boa, não importa o papel, nem a capa.
O texto ficou muito maior do que eu imaginava e ainda mais confuso do que eu planejava! Ultimamente não tenho gostado muito dos meus textos. Sei lá, não to feliz com a minha escrita... Ah sei lá!
Agora to com preguiça de postar a minha lista de coisa a serem feitas esse ano... Mas essa semana eu ainda coloco.
Mais uma coisa, duas ótimas promoções estão acontecendo nos blogs abaixo:
O Leitura Nossa de Cada Dia está comemorando o aniversário de 1 ano está presenteando os leitores com uma mega promoção.
E o Lendo nas Entrelinhas está com uma promoção junto com a autora Nazarethe Fonseca onde os leitores do blog pode concorrer a continuação do excelente Alma e Sangue: O Despertar do Vampiro - Alma e Sangue: O Império dos Vampiros.
Passem lá para participar. Vale a pena.
Abraços,
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