A vida resume-se, muitas vezes, a isso: tentativa e erro. Também há quando a tentativa dá em um belo acerto. Mas vamos ater-nos ao erro. Meu erro.
Acredito que toda pessoa com alguma ligação com a internet, e acredito que sejam muitas, em algum momento de suas vidas – suas existenciais digitais – são tomadas por um desejo de evolução. Mais espaço, mais comodidade, mais qualidade. Mais. Sempre mais. E eu queria mais. Então mudei, como todas as outras pessoas que querem mais fazem, para outro lugar, outra casa.
Meus meses no Livejournal renderam textos assumidamente fracos e sem qualquer inspiração que valesse a pena e um gostinho de arrependimento no fundo da garganta, quase atingindo a superfície como aquela mistura alcoólica ameaçando uma breve aparição indesejada enquanto você está sacudindo dentro do carro com cheiro de novo de um amigo prestativo.
Os meses arrastaram-se, assim como as minhas palavras. Mesmo assim, continuei, persistindo no erro. Mas há sempre aquele momento, no meu caso, sempre aquela livraria com, consequentemente, aquele livro. E esse livro era Destrinchando, da excelente (na minha opinião, que persiste em se mostrar como única) Julie Powell. Destrinchando segue o estilo autobiográfico misturado com ficção que a autora utilizou em Julie & Julia (outro favorito). O texto continua o mesmo com um toque de conversa intimista, um toque de blog, digamos assim. Esse simples toque despertou o antigo espirito blogueiro-que-se-acha-escritor dentro de mim. E aqui estou eu, me redimindo, afastando-me do erro e voltando ao Verdades Pessoais.
Nada melhor do que uma canção para comemorar...
“Eu voltei
Tudo estava igual como era antes,
Quase nada se modificou
Acho que só eu mesmo mudei,
E voltei
Eu voltei, agora pra ficar,
Porque aqui, aqui é o meu lugar
Eu voltei, pras coisas que eu deixei,
Eu voltei, eu voltei”
Roberto Carlos, como sempre, mostrando-se o verdadeiro Rei! rsrsrsrsrs
Bem... voltei! E já me sinto bem vindo.
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