Sempre quis ter um blog para escrever o que viesse a cabeça, talvez esvaziar a minha cabeça de pensamentos recorrentes que tenho durante o dia. Já tentei escrevê-los em um caderno, mas no final não deu certo, o resultado não é esteticamente satisfatório. Olho para o caderno preenchido com o meu garrancho e é impossível meu lado chato não pensar “Porra, que letra feia.”, “Que coisa desorganizada...”. Tirando que muitas vezes quando vou reler o texto não consigo entender milhões de palavras que estão escritas em algum código que minha mente só consegue produzir e interpretar em certos momentos de loucura e mau funcionamento cerebral.
Um blog me passa uma idéia de organização e limpeza. Tirando que posso compartilhar os meus textos com outras pessoas, o que, lógico, faz bem o meu ego de ser humano.
Não posso me comprometer e escrever todos os dias, por que nem sei se esse blog vai realmente durar o tempo que eu planejo no meu estouro momento de empolgação sobre algum projeto pessoal de certa importância para a minha vida. Talvez ele se transforme em um compromisso diário ou ele pode ser esquecido como meus livros imaginários que tinham grande chance de ser transformarem em grandes “Best Sellers” ou tantos outros blogs que eu já criei e que foram abandonados no mundo digital, todos os meus blogs órfãos.
Talvez essa compulsão por escrever deve-se a quantidade de livros que tenho lido ultimamente. De Stephen King, passando por Tolkien e terminando em Jane Austen. Percebo que meu gosto por livros refletiram as mudanças na minha personalidade com o passar do tempo. No começo tinha uma predileção por fantasia depois passei para os livros de terror do mestre Stephen King, leitura que me marcou muito. Nos últimos tempos tenho procurado por livros com dramas e grandes romances sem medo de soaram descaradamente femininos. Essa procura por relações humanas mais profundas talvez reflitam o meu amadurecimento. Antes procura um livro somente para fugir do mundo a minha volta, agora além uma válvula de escape os livros procuro uma forma de entender o ser humano e me entender também (tudo bem, essa frase vai para o hall das frases gays e clichês).
Lendo do grande blog “Os Livros da Minha Estante” que felizmente descobri recentemente, vi que o texto postado pela dona do blog “Tathy” resume muito bem o mundo que todos os fãs de livros vivem. Peço perdão a dona do blog por publicar o texto sem pedir permissão antes (que feio!!!).
Abismo
“Uma pessoa que lê compulsivamente às vezes dá uma de louca, vive num limbo, entre ficção e realidade. Além da nossa vida real, com todas as suas experiências, temos tudo aquilo que vivemos com os personagens e as histórias que lemos. E tem hora que dá um nó.
Temos que dar conta de nossa vida secreta e da vida real. Nos preocupamos com as pessoas que existem e com os personagens também. Aliás, existem personagens que a gente conhece mais do que algumas pessoas com quem convivemos.
O problema é que se você convive com pessoas que não leem tanto quanto você, ficar um gap entre tudo aquilo que você viu nos livros e a vida real.
Quantas vezes, diante de um pedido de conselho de alguém, já não mordi a língua quando a frase: "ah, mas tinha um personagem num livro que..." chegou à minha boca? A verdade é que as pessoas nao gostam que você dê exemplos ficcionais para aconselhar alguém na vida real, afinal, para quem não lê, aquilo não aconteceu de verdade!
O melhor que pode ser feito para diminuir esse abismo é chegar para alguém de quem você gosta e falar: “olha, eu queria ter apresentar um amigo” e pôr seu livro predileto na mão dele.”
Já escrevi tudo que tinha para escrever.
Abraço!
Lendo: Reparação – Ian Mcewan
Ouvindo: Anneke van Giersbergen – Come Wander With Me
Cara, legal você ter voltado ao mundo dos bloguistas!
ResponderExcluirMuito interessante esse post, me faz lembrar de como eu tenho um vocabulário fraco perante o seu! rs
E que preciso ler mais (muito mais) para melhor postar e entrar em contradição entre a realidade e a ficção! hauhauhauah
Grande abraço!
Até!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEm primeiro lugar, esse tal de Tiago Warst é uma bicha! Hahahahahau!!!
ResponderExcluirMe amarrei no blog! É muito bom escrever o que se sente, tive uma experiência muito boa com o meu Covil, que durou quase 3 anos. Mesmo levando as situações para o lado do humor, refletia bem o que eu tava sentindo.
Já no caso do Tá Certo Então é uma parada mais escraxada e debochada, na qual eu também me sinto bem a vontade.
Agora sobre os livros, eu sempre gostei muito de ler, só que eu era muito preguiçoso, de uns tempos para cá eu desenvolvi uma disciplina de leitura na qual já me rendeu quase 10 livros lidos desde o começo do ano.
Posso dizer que você foi um dos grandes incentivadores disso, com as nossas conversas sobre livros e personagens. Falando nisso, se a população fosse mais interessada em ler, não soaria tão estranho comentar de um personagem como como se fosse alguém de carne e osso.
Bom é isso!
Abraço!!!
OBS: http://tacertoentao.blogspot.com